domingo, 3 de maio de 2009

Do you believe in life after the love to end?


Isso está acabando com os meus instintos, meus neurônios gritam, meu cérebro está com cede. E eu estou morrendo. Eu só preciso de uma dose, uma única dose. A base do meu sossego desapareceu, ou será que eu perdi? Meu órgão central pulsa dor, ameaça sair do meu peito. Talvez eu mesma queira arrancar ele daqui. Cadê a minha dose? Eu necessito. Irei ao hospital e falarei que preciso de um transplante de coração, ou que irei doar um rim. Talvez a dor passe mais um pouco depois da anestesia. Quando eu finalmente receber alta, me disfarçarei de enfermeira e roubarei do laboratório uma quantidade exata para mais ou menos 1 ano. Um ano se passou, o meu plano não deu muito certo, a vida me preparou coisa melhor. Mais ainda penso em doar órgãos. Quando meu coração pulsou forte naquele dia, eu corri, me descabelei, e matei algumas células do meu corpo. Meu coração estava doendo, quer dizer, meu cérebro ordenava que ele doesse, que ele me arrebentasse, que ele acabasse de uma vez comigo. Mas não acabou. Não como eu queria que acabasse. Eu precisava da anestesia, eu precisava parar com aquelas turbulências no meu corpo, eu precisava estar estável e neutra. Eu precisava não amar, não chorar, não viver. Eu precisava da dose certa, e aquele era o momento certo. Queria ser anestesiada com a maior dose possível, depois seria congelada e jogada no tempo. Quando o homem finalmente exterminasse todo o amor no mundo, eu voltaria e viveria em paz. Mas acordei e fui descongelada antes do tempo, eu abri os olhos e me perguntei: eu acredito mesmo em vida depois que o amor acaba? Percebi que a anestesia era passageira, e como os fogos de artifício, ela acabaria muito rápido. Ela não acabaria com a minha dor e nem meus sentimentos. Me conformei. Agora a única dose que eu preciso é o amor. créditos: monick f.


Postei porque achei perfeito *-* Vale a pena ler.

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